Vila ConViver

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Tal Ben-Shahar, Ph.D. em Psicologia, autor do livro The Pursuit of Perfect [A busca da perfeição ou A ciência da felicidade] é o professor do curso mais popular da Universidade de Harvard de todos os tempos, "Como ser feliz" (PSY 1504). É conhecido no mundo todo por sua pesquisa em psicologia positiva.

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Psicologia Positiva: Segundo o professor, a psicologia positiva constrói uma ponte entre a Torre de Marfim [a academia] e a Rua Principal [o povo] ao tornar o rigor da pesquisa acadêmica, estagnada nas bibliotecas, acessível [a todos].  

O texto abaixo, que vale a pena ser lido, apresenta flashes de cursos, entrevistas e palestras de Ben-Shahar: 

Harvard’s Most Popular Course: Tal Ben-Shahar on How … 

https://daringtolivefully.com/happier-tal-ben-shahar

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Desse texto, destacaremos os seguintes pontos:

Descrição do curso: O foco do curso são as questões relativas a uma vida completa e vigorosa. Entre os tópicos, incluem-se: felicidade, auto-estima, empatia, amizade, amor, realizações pessoais, criatividade, música, espiritualidade e bom humor.

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Resumidamente, esta é a filosofia do Dr. Ben-Shahar: “No momento em que você aprende a viver o dia de hoje e o de amanhã ao mesmo tempo, você aprende a equilibrar suas carências pessoais imediatas com seus objetivos de longo prazo e [aprende também] a viver a vida como nunca.”

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Psicologia Positiva

É o “estudo científico da atividade humana com todo o seu potencial”. O conceito foi usado, primeiramente, pelo Dr. Martin Seligman, em 1998, na época em que presidia a Associação Americana de Psicologia (American Psychological Association). O Dr. Seligman é diretor do Centro de Psicologia Positiva da Universidade da Pensilvânia (University of Pennsylvania’s Positive Psychology Center) e foi um dos especialistas que apareceram na edição de janeiro de 2005 da revista Time, dedicada apenas`a “ciência da felicidade”. 

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Enquanto a psicologia tem se ocupado, tradicionalmente, das aflições da mente humana (tais como ansiedade, depressão, neurose, obsessões, paranóia e alucinações), o Dr. Seligman e outros pioneiros da psicologia positiva formulam a seguinte pergunta: “Quais são as condições que permitem que os seres humanos floresçam?”

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A premissa subjacente da psicologia positiva é que você pode aprender a ser feliz da mesma forma que você pode aprender uma língua estrangeira ou a ser perito em golfe. Esse campo de pesquisa, que cresce rapidamente, está explicitando o que nos torna felizes, a busca da felicidade, e como podemos viver uma vida mais satisfatória, mais completa.  

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Segundo Ben-Shahar, “[a]tingir uma felicidade duradoura requer que desfrutemos a jornada que vai nos conduzir ao ponto que almejamos. A felicidade, portanto, não tem a ver com a nossa chegada ao topo da montanha, nem tampouco com uma caminhada errática em volta dela: a felicidade é a experiência de subir rumo ao topo.”

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Nesse mesmo texto, acima citado, aparece o seguinte vídeo:

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Esse vídeo resume a filosofia de Ben-Shahar, seu trabalho em sala de aula, incluindo alguns depoimentos de seus alunos, além de conferências e entrevistas; tudo isto pipoca na tela, em flashes muito bem editados. Muitas dessas informações podem ser lidas no texto acima [link em vermelho]. A fim de focarmos apenas na felicidade, vamos passar por cima de todas essas informações e destacar SOMENTE uma frase desse vídeo: a resposta de Ben-Shahar à pergunta abaixo:

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Repórter: "Seu curso ["Como ser mais feliz"] atraiu um número maior de alunos do que "Introdução`a Economia". Por que você acha que seu curso é assim tão popular?"

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Ben-Shahar: "Acho que tem mais gente querendo ser feliz do que ficar rico."

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O objetivo da palestra é apresentar os pontos mais importantes da psicologia positiva:

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(1) Permissão para sermos humanos (aceitação incondicional): esta é a base, o pilar essencial para uma vida feliz e completa. Ser humano significa sentir todas as emoções, positivas e negativas, sem tentar bloqueá-las ou suprimi-las (exatamente como fazem os bebês). Ao tentarmos ignorar emoções, como as difíceis ou dolorosas, elas se intensificam [o que é um paradoxo]. Ao nos permitirmos vivenciar todas as emoções humanas possíveis, estamos sendo totalmente humanos. Exemplo pessoal, após o nascimento de seu filho: ele sentia amor por ele, claro, mas, em alguns momentos, sentia ciúmes, ou seja, as emoções positivas, como o amor, e as negativas, como o ciúme, oscilavam. Uma não anulava a outra. As duas eram legítimas, ou seja, ele não era uma pessoa “hipócrita” por ter esses dois sentimentos alternadamente. Nesse momento, ele se permitiu ser humano, aceitando esse paradoxo. Com bom humor, ele nos lembra que apenas os psicopatas e os defuntos não sentem oscilações emocionais desse tipo. Por isso, sentir emoções negativas é um sinal positivo.   

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(2) Outro exemplo, dado posteriormente, sobre a lei  da gravidade (que é parte das leis naturais ou da natureza): não adianta não gostar dela [muita gente acha que seria mais legal sem ela, pois poderíamos flutuar, etc.]. No entanto, o mais racional mesmo é aprender a brincar com ela, o que fazemos, por exemplo, com relação aos esportes. O que seria, por exemplo, dos jogos olímpicos sem a gravidade? Além disso, é inútil pensar no mundo sem ela. O mesmo acontece com relação`as nossas emoções, que também são parte da nossa natureza. No entanto, nós aceitamos a lei da gravidade e [muitas vezes] rejeitamos as nossas emoções. Pagamos um alto preço por isso.

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(3) Mais adiante na palestra, Tal B-Shahar explica melhor o significado de paradoxo e de aceitação incondicional: não se trata de resignação [“Fazer o quê?”], mas de “aceitação ativa” [aceitar a emoção negativa e lidar com ela da melhor maneira possível]. Ele retoma seu próprio exemplo, depois do nascimento de seu filho, ao sentir amor e, logo depois, ciúme do bebê. Não há nada de errado em sentir ciúme. Pode haver algo de errado com meu comportamento ao sentir ciúme. Da mesma forma, não existe nada de errado em sentir medo; não há nada de covarde nisso. Na verdade, a coragem não tem a ver com a ausência de medo. A coragem tem a ver com o fato de sentir medo e, apesar disto, ir em frente. Ao tentarmos suprimir emoções, como a raiva e o medo, passamos a ver raiva e medo por todo lado mesmo que isto seja infundado. 

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(4) A pergunta-chave, que devemos fazer a nós mesmos, é: “Será que nós damos a nós mesmos (e aos outros: parentes, amigos, alunos, colegas) a permissão para sermos humanos?” Esta é a base, o pilar mais importante de uma vida feliz e completa. 

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(5) O que é felicidade? Nós sabemos quando estamos felizes. No entanto,`as vezes, fica difícil explicitar o que nos torna felizes. Segundo o professor, ele se sente mais feliz hoje do que há dez anos atrás e que pretende ser mais feliz daqui a dez anos. A felicidade não é um ponto fixo: é um processo, uma jornada, que dura uma vida.

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(6) Existe alguma correlação entre a idade e a felicidade? A resposta: depende de nossas expectativas, que podem ser corretas ou erradas (ganhar na loteria é um exemplo de uma expectativa errada). É mais fácil sentir felicidade`a medida em que vamos envelhecendo, por sabermos, de fato, quais são as coisas mais importantes da vida.

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(7) Duas citações em destaque na palestra:

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(A) Segundo Dr. Kevin C. Fleming, especialista em medicina geriátrica da famosa Clínica Mayo [“o hospital número 1 nos EUA"], “felicidade” é um termo relativamente “carregado” [“has a certain burden to it”]; não sei dizer se é possível alcançá-la exatamente como pensam as pessoas.

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(B) Dr. John Cacioppo, diretor do Centro de Neurociência Social da Universidade de Chicago, autor do livro A solidão, a natureza humana e a necessidade de conexão social (W.W.Norton): “[`a] medida em que as pessoas vão envelhecendo, elas passam a pensar na felicidade como contentamento.” 

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O que significa "felicidade"? [20 Motivational Quotes about Life that Lead to True Happiness

www.lifehack.org/.../20-motivational-quotes-about-life-lead-to-true-happiness.html: a escolha das citações seguiu o seguinte critério: variedade de pontos de vista, masculino e feminino, que, em nossa opinião, destacaram-se dos outros dezesseis.]

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Visão comportamental: A felicidade não é algo que já vem pronto. Ela surge a partir de nossas próprias ações. (Happiness is not something ready-made. It comes from your own actions.) Dalai Lama [monge tibetano; o décimo quarto,  Tenzin Gyatso, é autor de vários livros, incluindo A arte da felicidade].

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Visão pessimista: A felicidade é o intervalo entre os períodos de infelicidade. (Happiness is the interval between periods of unhappiness.) Don Marquis [filósofo contemporâneo americano].

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Visão psicológica: A felicidade independe de quaisquer condições externas; ela é governada por nossa atitude mental. (Happiness doesn’t depend on any external conditions, it is governed by our mental attitude.) Dale Carnegie [escritor contemporâneo americano].

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Visão pragmática (modo de vida): A felicidade não é uma estação onde você aporta, mas é uma forma de viajar. (Happiness is not a station you arrive at, but a manner of traveling.) Margaret Lee Runbeck [1905-1956, escritora americana].

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